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6 de abr. de 2011

Soltar balão é crime!

Era dia de São João.
Todos estavam muito felizes.
Uma linda festa havia sido preparada.
Uma grande fogueira foi acesa e todos dançavam ao redor dela cantando cantigas do padroeiro da festa.
Correios elegantes alegravam os jovens e traziam lembranças aos mais velhos.
Pipocas, cocadas, quentões completavam a alegria de todos.
Crianças soltavam bombinhas caseiras.
De repente ouviu-se uma gritaria, um menino quase havia se machucado ao tentar estourar fogos de artifício.
Quando as pessoas olharam em direção ao menino notaram ao longe uma grande fumaça cinzenta que vinha da floresta.
Chamaram por socorro e logo se ouviu a cirene do caminhão de bombeiros.
A floresta estava pegando fogo e muitos animais corriam afugentados.
Uma cegonha tinha feito seu ninho no topo de uma grande árvore e o fogo estava se aproximando dela.
Havia fumaça por todo lado.
Os homens de vermelho tentavam apagar o fogo com seus enormes esguichos.
Eles tentavam afastar a cegonha da árvore, mas ela não abandonava seu ninho, por certo havia filhotes que ainda não sabiam voar, e sabe-se que uma cegonha jamais abandona suas crias no ninho.
Algumas pessoas correram até lá na tentativa de ajudar, mas nada podia ser feito e os bombeiros só orientavam:
Amarrem todos um lenço molhado na boca e nariz, saiam agachados para que não fiquem na altura da fumaça que é toxica, se afastem.
Depois de muito tempo o fogo finalmente foi controlado.
E a causa do incêndio foi descoberta: um balão que tinha sido solto na festa junina.
Os bombeiros heróis foram condecorados, a festa continuou, mas animais perderam seu abrigo, árvores foram queimadas e uma pobre cegonha quase morreu para não ter que abandonar seus filhotes.

Não é a toa que a cegonha é o símbolo da maternidade.

A festa continuou, mas a lição ficou.
Balões incendeiam as florestas matando animais ou os deixando feridos ou sem proteção.
Balões caindo em cima das casas podem incendia-las e matar pessoas.
Rojões podem ferir as mãos ou olhos de quem com elas brinca.
Iride Eid Rossini
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